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A compostagem líquida continuada é uma técnica baseada na ação de microrganismos benéficos atua para revitalizar o solo, melhorar sua estrutura física, aumentar a capacidade de retenção hídrica e estimular a biodiversidade microbiana, tudo isso sem risco de contaminação das lavouras devido à ação natural da luz solar na desinfecção. Para falar sobre o assunto, recebemos Thaisa Capato Lima, agrônoma e especialista em nutrição de plantas, e Marlon Delgado, representante técnico de vendas da Microgeo, empresa que desenvolveu a tecnologia. É nessa área de quase 50 hectares em Espigão Azul, distrito de Cascavel, que o seu Gilberto desenvolve a produção. Por aqui ele mantém sete aviários em sistema integrado com uma cooperativa e também se dedica ao cultivo de grãos. Assim como grande parte dos agricultores do Paraná, o seu Gilberto planta soja no verão e milho na safrinha. Essa prática constante exige um trabalho cuidadoso para restaurar a qualidade do solo. Por isso, ele adota alguns manejos, entre eles, o cultivo de plantas de cobertura. Além disso, agrega matéria orgânica ao solo com cama de aviário. Nessa safra, pensando em reduzir ainda mais o uso de fertilizantes químicos, buscou a assistência de uma empresa e adotou o sistema de produção da compostagem líquida chamada de microgel. A solução é preparada na propriedade mesmo. Esse sistema chamado de bioestação tem capacidade para 21 mil litros e realiza a função de reproduzir microrganismos benéficos à terra e consequentemente às plantas. O Marlon foi quem instalou o sistema e tem acompanhado de perto o desenvolvimento da compostagem. O microgel é depositado na solução em forma de pó e tem na formulação insumos naturais para alimentar as bactérias benéficas. Já o meio de cultura utilizado para reprodução delas é o esterco bovino tratado. 'Por que o esterco tem que ser bovino? Uma vez que o boi tem quatro estômagos, o conteúdo ruminal dele é muito rico em bactérias. Então uma bioestação dessa de 21 mil litros vai ao equivalente a 1 mil e 200 quilos de esterco.' A tecnologia é certificada pelo Ministério da Agricultura, que exige segurança no processo produtivo. Por isso, a estrutura é projetada para reduzir riscos de contaminação. É esse o resultado dessa compostagem usada como fertilizante biológico. O produto pode ser aplicado diretamente no solo, no momento do plantio ou via sistema de irrigação.
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