AGROSOFT
99 |
Sistemas de Informação
Geográfica na Agricultura
Autores
Francisco de Assis Tosi
Email: fatware@bestway.com.br
Vínculo: Consultoria de Sistemas
Endereço: Rua Vitório Dezuani Filho, 2390 Residencial Paraiso Franca SP CEP 14403-157
Telefone: 0 xx 16 7211049
Resumo
A coleta de informações sobre a distribuição geográfica de recursos minerais, propriedades, animais e plantas sempre foi uma parte importante das atividades das sociedades organizadas. Até recentemente, no entanto, isto era feito apenas em documentos e mapas em papel. Os atuais sistemas de informação geográfica podem não só fazer análises dos dados existentes mas também projetar e simular situações ideais e potenciais fazendo previsões e modelos de simulação. As habilidades destes sistemas fizeram uma revolução no modo de trabalhar e pensar das pessoas que usam a geografia no seu dia a dia. Hoje os sistemas de informação geográfica são usados em organizações comerciais, universidades e entidades governamentais federais, estaduais e municipais.
Palavras Chaves
Sistemas de informações geográficas. Agropecuária.
1. INTRODUÇÃO
A coleta de informações sobre a distribuição geográfica de recursos minerais, propriedades, animais e plantas sempre foi uma parte importante das atividades das sociedades organizadas. Até recentemente, no entanto, isto era feito apenas em documentos e mapas em papel. Sendo assim, as informações eram geralmente de fácil acesso e manipulação, mas dificultavam uma análise que combinasse diversos mapas e dados. O desenvolvimento da tecnologia de computadores e de ferramentas matemáticas para análise espacial, que ocorreu na segunda metade do século XX, abriu possibilidades diversas, entre a habilidade de armazenar, recuperar e combinar os dados disponíveis sobre a superfície da terra. Os atuais sistemas de informação geográfica podem não só fazer análises dos dados existentes mas também projetar e simular situações ideais e potenciais fazendo previsões e modelos de simulação. As habilidades destes sistemas fizeram uma revolução no modo de trabalhar e pensar das pessoas que usam a geografia no seu dia a dia. Hoje os sistemas de informação geográfica são usados em organizações comerciais, universidades e entidades governamentais federais, estaduais e municipais.
Temos como definição sendo um conjunto de programas, equipamentos, metodologias, dados e pessoas (usuários), perfeitamente integrados, de forma a tornar possível a coleta, o armazenamento, o processamento e a análise de dados geo referenciados, bem como a produção de informação derivada de sua aplicação. Em outras palavras, trata-se de ferramentas e recursos tecnológicos capazes de interferir na administração do ciclo produtivo da agricultura propiciando um alto grau de detalhamento, tornando a tomada de decisão segura e garantida.
![]()
2. CONCEITUAÇÃO DE UM SIG
Um dos erros mais comuns de conceituação de SIG refere-se à tecnologia de Automação Cartográfica, que consiste essencialmente na aplicação de recursos da tecnologia CADD (Computed Aided Drafting and Design) na produção Topográfica e Temática de mapas. Um SIG não é meramente uma nova ferramenta para reforçar a produção cartográfica ou melhorar sua qualidade. Também não é meramente uma tecnologia para relacionar mapas a outras informações. A tecnologia SIG oferece ferramentas operacionais para planejamento, gerenciamento, auxílio e apoio à tomada de decisão. Um SIG não é simplesmente um sistema computacional para fazer mapas, embora ele possa criar mapas em diferentes escalas, em diferentes projeções, e com diferentes cores, Um SIG é uma ferramenta de análise. A principal vantagem de um SIG é que ele permite identificar a relação espacial entre as entidades dos mapas. Um SIG não é somente um armazenador de mapas e atributos do mapa. Um SIG armazena os dados tendo presente que estes podem ser criados, editados e analisados a algo desejado, e são desenhados para ajustar-se a propósitos específicos.
São capacidades do SIG:
- possibilitar a análise espacial das relações de objetos geográficos através da combinação e processamento de dados (gráficos e alfanuméricos) de diversas fontes;
- produzir melhores mapas;
- sobrepor camadas e mapas diferentes.
Através disto o SIG melhora a maneira como usamos os mapas, e simplifica a realização de análises.
Em informática, as seguintes disciplinas orientam a criação de SIGs:
- computação gráfica: tratamento e manipulação de informações gráficas vetoriais; indexação espacial; produção de mapas temáticos; topologia;
- processamento digital de imagens: tratamento e manipulação de informações gráficas matriciais (imagens digitais); classificação de imagens; extração de parâmetros; sensoriamento remoto;
- bancos de dados: modelagem de dados conceitual, lógica e física; administração de dados; modelos de armazenamento; recuperação de falhas; métodos de acesso; indexação, controle de acesso concorrente, consultas (queries) estruturadas.
Além destas, vale a pena destacar a engenharia de software, responsável pelas técnicas de criação da interface com o usuário, fundamentais no sucesso de um SIG.
Fora da informática, as disciplinas fundamentais à criação de SIGs estão no âmbito das ciências agrárias: cartografia, geodesia, topografia, geologia, geografia, agronomia, climatologia e outras.
Como se vê, a criação de um SIG é uma tarefa multi-disciplinar. Exigirá a participação de pessoas de diferentes especialidades, em cooperação para gerar um produto cujo maior potencial é a sua capacidade de integração de informações de diferentes origens com base em suas características espaciais.
3. SIG´s EM NOSSO COTIDIANO
Podemos descrever as atividades agrícolas como uma série de eventos que sucedem em determinada ordem alimentado a partir dos resultados obtidos nos ciclos anteriores. Podemos descrevê-los em 5 etapas distintas :
3.1 Mundo Real : Compreende todas atividades executadas em nosso dia a dia, como exemplo a análise de solo ou o plantio de determinada cultura.
![]()
Figura 1 : Exemplo de Cultura, Plantação de nosso cotidiano.
3.2 Desta primeira etapa, geramos vários tipos de informação: Características físico químicas, produtividade,... Estas informações são coletadas de diversas formas, através de um processo manual (caderneta de campo) ou com a utilização de equipamentos auxiliares que poderão ser implementos agrícolas com capacidade de avaliar as propriedades dos produtos e do meio ambiente onde se encontram. Exemplo : Colheitadeiras, Coletoras de amostras de solo, Sistemas de Sensoriamento Remoto, GPS, Radares Climáticos, Fotogrametria Aérea e Satélite, etc.
![]()
![]()
Tabela 1 Representação de arquivo pontual originário de GPS
3.3 Nesta Etapa, todas as informações são agrupadas e organizadas de maneira a interagirem entre si com a maior transparência e objetividade possível. É fundamental a utilização do computador e o software dotados da capacidade e dimensionamento ideal para cada aplicação em específico. Exemplo : Microcomputadores da linha PC e Software de Sistemas de Informação Geográfica específicos para Agricultura.
![]()
3.4 A ferramenta básica para a geração das análise continuam sendo o microcomputador e os programas descritos na etapa anterior. Estes resultados podem ser mapas de adubação localizada, mapas de produtividade, mapas de percurso de equipamentos, mapas de infestações, relatórios climáticos, históricos, etc.
![]()
3.5 Completa-se o ciclo com todos os profissionais tomadores de decisão e encarregados da execução das atividades que poderão ser topógrafos, agrônomos, proprietários de terras, operadores de equipamentos e outros.
![]()
4. PRINCIPAIS APLICAÇÕES DOS SIG´s NA AGRICULTURA.
5. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Temos como perfil atual dos negócios da agricultura brasileira e tendências o seguinte :
Era Da Informação Globalização Descomoditização
Antes da Ponteira : Fortes investimentos Tecnológicos, Fusões, Total preocupação ambiental, diminuição da vida útil de produto, ...
Dentro da Porteira : Concentração de Fazendas, Competitividade Tecnológica, Integração