AGROSOFT 97
I Congresso da SBI-Agro

 

Adoção e uso da informática por cooperativas de cafeicultores da região sul de Minas Gerais: 
análise preliminar
*

André Luiz Zambalde
zambalde@ufla.br
Universidade Federal de Lavras - UFLA
Caixa Postal 37 - 37200-000/Lavras-MG
Tel. (035) 829-1123

Cláudio T. Bornstein
ctbornst@cos.ufrj.br
Universidade Federal do Rio de Janeiro
COPPE/SISTEMAS
Caixa Postal 68.511 - 21945-970/Rio de Janeiro-RJ
Tel. (021) 590-2552

Áurea Lúcia da Silva

Valéria Vieira Lima
Universidade Federal de Lavras - UFLA

 

Resumo

Esta é uma versão preliminar de trabalho cujo objetivo principal é identificar e analisar de que maneira o Sistema Agro-Industrial do Café utiliza, ou se propõe a utilizar, a informática; visando gerar subsídios à definição de procedimentos e políticas direcionadas ao seguimento do café, além de examinar possíveis impactos sociais e econômicos que a utilização de uma nova tecnologia possa gerar. O "estudo preliminar" alcança um total de dez Cooperativas de Cafeicultores, situadas na Região Sul de Minas Gerais, e sintetiza o que existe no estoque de mudanças, conhecimentos, equipamentos e software.

Abstract

This is a preliminary version of a work aiming to identify and to analyze how the Coffee Agro-Industrial System use or if there is the intention to use computers aiming to define procedures and politics oriented to coffee, examining possible social and economic impacts caused by the new technology. This preliminaty study covers a total of ten Coffee Cooperatives in the South of the Minas Gerais State, Brazil and synthesizes the available stoch of changes, knowledge, equipment and software.

Palavras Chave

Informática; Modenização; Cooperativas; Café

 

1. INTRODUÇÃO

O mundo encontra-se no princípio de uma grande transformação. O desenvolvimento tecnológico impõe um grande salto desde a sociedade industrial para a sociedade da informação. O Brasil realiza grandes esforços para acompanhar estas transformações, principalmente no que diz respeito ao processo de adoção e uso de novas tecnologias de base microeletrônica e gerenciais, particularmente relacionadas com a informática.

Entretanto, às portas do que pode ser uma nova sociedade, não se conta com suficientes experiências e investigações sobre suas repercussões, suas limitações, suas possibilidades, seus riscos e sua evolução. Na maioria dos países só existem indícios, esboços não bem fundamentados, da implantação, aplicações e uso destas novas tecnologias. Tais indícios ou esboços são ainda mais frágeis com respeito ao setor agrícola (Oliveira, 1990).

Neste contexto, o presente estudo propõe-se a identificar e analisar de que maneira as Cooperativas de Cafeicultores da Região Sul de Minas Gerais utilizam, ou se propõe a utilizar, a informática (proposta como exemplo), visando gerar subsídios à definição de procedimentos e políticas direcionadas ao setor, além de examinar possíveis impactos sociais e econômicos que a utilização de uma nova tecnologia possa gerar.

 

2. REVISÃO DE LITERATURA

A abordagem para análise e discussão do trabalho vai apoiar-se principalmente no "Web Model" proposto por Kling (1987) e nas observações de Fehlaber (1996), Segre & Xexéo (1995), Bornstein & Villela (1991) e Castor (1983).

O Web Model (Kling, 1987) considea as relações sociais entre os participantes da mudança tecnológica, infra-estrutura disponível e histórico do desenvolvimento e operação relacionados à tecnologia. As observações de Fehlaber (1996) dizem respeito à análise dos impactos da implantação de tecnologias de informação nas empresas, uma visão relativa a: economia de mão-de-obra após informatização; supressão/remanejamento de cargos/ funcionários; adaptabilidade dos funcionários; e análise dos profissionais da área de informática. O trabalho de Segre & Xexéo (1995) busca apresentar subsídios às discussões sobre a possibilidade de optar por processos de informatização que aumentem a produtividade preservando a qualidade do trabalho. Os autores defendem a idéia de que "é possível orientar a tecnologia mediante uma política social e, freqüentemente, sem sacrificar seus objetivos econômicos". Para Bornstein & Villela (1991) a avaliação da maior ou menor adequabilidade de determinada tecnologia deve: não somente levar em conta fatores econômicos, mas também fatores políticos, culturais e sociais; dentro da área econômica, não se restringir somente a uma análise dos custos privados, apreciar também os custos sociais; e no âmbito dos custos privados não ficar somente numa análise estática, examinando um ponto na escala dos tempos, deve-se examinar um horizonte de tempo mais amplo". Castor (1993) auxiliado por contribuições bibliográficas significativas, propõe um grupo de critérios de avaliação para o que denomina "tecnologia apropriada" e exemplifica seu uso analisando o desenvolvimento agrícola do Paraná (culturas de soja e café). Segundo o autor, para que determinada tecnologia seja considerada apropriada, é necessário que ela produza efeitos favoráveis (ou o menos desfavorável possível) principalmente nas seguintes dimensões: eficiência econômica; impactos sobre as escalas de funcionamento ou produção do sistema social; grau de simplicidade; densidade de capital e trabalho requeridos; e nível de agressividade ambiental.

 

3. METODOLOGIA

A pesquisa possui um caráter exploratório e foi realizada no período de 02/01/97 a 30/04/97. A população pesquisada constituiu-se de Cooperativas de Cafeicultores localizadas na Região Sul de Minas Gerais. Foram visitadas 10 cooperativas, que movimentaram mais de 80% do café da região no ano de 1996. Os dados foram coletados "in-loco" a partir de roteiro semi-estruturado. Realizou-se um pré-teste junto à Cooperativa Alto Rio Grande Ltda. e Cafeicultores de Lavras/MG. Ao final, o roteiro configurou-se com 30 questões, dividido em oito partes (perfil da cooperativa; definição de utilização da tecnologia de informação - por que usa?; tipo de tecnologia e tempo de uso; análise econômica do investimento; mudanças organizacionais; aspectos sociais; cultura e poder; e software específicos para o setor de café).

 

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 - Perfil geral

As cooperativas atuam como um centro de operações de apoio ao produtor rural (cooperado) oferecendo serviços de administração do estoque de café; classificação; intermediação/comercialização; compra e financiamento; venda de insumos (lojas e filiais-núcleos); assistência técnica especializada (agrônomos, veterinários, engenheiros e/ou administradores); armazenagem, benefício ou rebenefício de café, para seleção do "blend" solicitado pelo mercado; e, em alguns casos, torrefação e moagem de café. Todas estão informatizadas. Movimentaram um total de 4.835.000,00 sacas de café no ano de 1996, possuem 23.123 cooperados, 2.175 funcionários (dos quais 50 trabalham exclusivamente com informática e, destes, 15 são especialistas). Duas cooperativas tercerizam a gerência do CPD. O nível de instrução dos funcionários é predominantemente de primeiro e segundo grau.

4.2 - Definição de Utilização

São 07 as cooperativas que utilizam computadores a mais de 10 anos. Iniciaram o processo com minicomputadores operando em UNIX e hoje estão migrando para arquitetura RISC ou Microcomputadores Compatíveis IBM-PC, mantendo-se em Unix ou mudando para rede Novell (caso de uma delas). Outras 03 estão em processo de informatização recente (dois anos), utilizam sistema monousuário (02) e rede Novell (01).

A informatização normalmente tem inicio em função do aumento do volume de café movimentado, e o foco de atenção é predominantemente administrativo. Na seqüência informatiza-se o sistema café (classificação e armazenagem) e, finalmente, a assistência técnica (muito raramente). Objetiva-se a rapidez na organização e acesso às informações e maior controle das movimentações. A maioria dos núcleos é informatizada e a comunicação Núcleo-Central é feita via Internet, linha discada, fax ou malote (com disquete ou planilhas manuais). A utilização do malote muitas vezes é implementada em função da má qualidade da linha telefônica (infra-estrutura deficiente).

O processo de informatização ao longo dos anos não implicou em aumento ou demissão de pessoal, mas na não contratação de muitos "em 1982 tínhamos 1300 funcionários, 1500 cooperados, movimentávamos 700.000 sacas em 04 núcleos. Iniciou-se a informatização e, mais à diante, as mudanças gerenciais exigidas pelo plano real. Hoje, temos 900 funcionários, 6.300 cooperados, movimentamos 2.200.000 sacas em 15 núcleos".

4.3 - Equipamentos

A maioria dos sistemas (08) é multiusuário em operação interativa de tempo real - as solicitações dos vários usuários interagem com estes através de terminais ou emuladores de terminais e competem pelos recursos de microcomputador único (servidor); além disso, as respostas às transações submetidas pelos usuários devem ser fornecidas dentro de vínculos estritos de tempo. O servidor normalmente é um minicomputador com arquitetura RISC (as vezes também um microcomputador compatível IBM-PC Pentium ou 486) com terminais "burros" conectados. Tem-se também microcomputadores operando em modo monousuário. Além de impressoras (a grande maioria matriciais), fax/modem e No-break. Raramente são encontrados "scanners" e "kits" Multimídia. Todos os "servidores" tem contrato de manutenção exclusiva, os demais micros não. Somente uma cooperativa tem contrato de manutenção atendendo a todos os equipamentos. A comunicação desta cooperativa com núcleos (MG e SP) é toda baseada na Internet.

Encontrou-se, ainda, em uma das cooperativas, um "No-break" inteligente, responsável pela ligação de todos os equipamentos pela manhã e pela desconexão com "backup" à noite, aos sábados e domingos, economizando horas-extra de mão de obra. Tem-se, também, que duas cooperativas operam em modo monousuário usando um microcomputador específico para faturamento e contas, outro para contabilidade e um para acesso a bolsa de valores.

4.4 - Software

As cooperativas em sua maioria (09) terceirizam a atividade de desenvolvimento de software, ou seja, os funcionários do CPD somente realizam manutenção em software adquiridos de terceiros ou desenvolvem pequenas rotinas de uso imediato. Apenas 01 cooperativa mantém equipe de desenvolvimento e manutenção completa. Quase todos os programas utilizados são integrados. Entretanto, alguns programas não integrados, são utilizados pelos Departamentos de Assistência Técnica e atendem exclusivamente a atividade agropecuária (adubação e calagem, custo operacional do café, gerenciamento da lavoura, plano de financiamento de café e análise de solos). São utilizados pacotes para edição de textos, planilhas, gráficos/tabelas e comunicação; bem como programas exclusivos de consulta à Bolsa de Valores "on-line". Os Sistemas operacionais são o UNIX, MS-DOS, WINDOWS 3.x e WINDOWS'95. As ferramentas de desenvolvimento e gerenciadores/banco de dados são: Cobol, Unique Basic, Go/Cross Basic, Oracle, Dataflex, Clipper e Fox Base.

4.5 - Análise econômica

Das 10 cooperativas visitadas, 03 afirmaram realizar avaliação econômica do investimento em tecnologia da informação. Ou seja, as solicitações de compras, ampliações ou modificações de sistemas são encaminhadas à Diretoria Central ou Setor de Finanças da Cooperativa, sempre acompanhadas de justificativas econômicas (análise de custo benefício, depreciação, retorno-de-investimento, etc..). Entretanto, até o presente momento não foi possível ter acesso a referidos projetos e/ou metodologias. As demais cooperativas não realizam este tipo de avaliação. Simplesmente o setor interessado faz o pedido do sistema à Diretoria, que encaminha ao CPD (setor também interessado). Este, "avalia" o pedido, faz a cotação e autoriza "ou não" o investimento.

Assim, alguns investimentos são realizados sem um mínimo de critério, muitas vezes em função da falta de conhecimento em informática por parte dos Diretores ou mesmo por falta de formação especializada e/ou posição hierárquica dos funcionários do CPD (que muitas vezes simplesmente obedecem a uma ordem superior). São milhares de dólares, que podem em grande medida estar "entrando pelo ralo". O fato é que as solicitações, sem o devido estudo, normalmente prometem redução de custos, aumento da produtividade, democratização das informações e do uso do computador. Entretanto, percebe-se que o investimento realizado não tornou necessariamente a empresa mais eficiente, nem seus funcionários automaticamente mais produtivos. Não se consegue compreender: por que nenhuma cooperativa colocou à disposição dos cooperados um terminal, dentro da própria cooperativa, para acesso às informações desejadas? ou mesmo para acesso ao conjunto de produtos e preços oferecidos? por que não implementar o acesso "on-line" àqueles que possuem computador? por que este "emaranhado" de papeis em todos os setores ou departamentos das cooperativas? por que não elaborar um plano diretor ou de investimentos para o CPD a cada ano ?

4.6 - Mudanças organizacionais

A informatização não apresentou muita diferenciação no que diz respeito a mudanças na estrutura organizacional - todas apresentam organização verticalizada por funções, onde cada departamento tem claramente definida sua autoridade e sua área de influência. A organização é altamente burocratizada, onde a informação flui passando por vários níveis hierárquicos. Ou seja, em 07 cooperativas não ocorreram quaisquer mudanças relativas a supressão/realocação/criação de cargos ou departamentos. Nas outras 03 observou-se algumas alterações no posicionamento do CPD. Este, antes ligado ao setor de contabilidade ou controladoria, passou a ocupar posição hierárquica estratégica, ligado diretamente à Diretoria. Uma cooperativa realizou "downsizing", a empresa optou pela troca do mainframe por microcomputador com arquitetura RISC e conexão em rede local.

4.7 - Aspectos culturais e sociais

Normalmente os sistemas são implantados de "cima para baixo". Não ocorre nenhuma reunião com os funcionários. Eles são chamados a opinar unicamente no instante do desenvolvimento, sobre as rotinas do seu dia-a-dia que "agora" serão informatizadas. Sentem uma certa apreensão com relação a uma possível demissão. Acreditam, num primeiro instante, que o computador vai aumentar o trabalho, desvalorizar sua experiência ou eliminar algum incentivo. Entretanto, após algum tempo de convivência com a máquina, as opiniões sobre o computador são as seguintes: não desvaloriza experiência; dispensa pessoal; causa apreensão; exige maior responsabilidade ("se eu errar aparece lá na frente rapidinho e todo mundo tem que refazer o seu serviço"); não exige contratação ("reduz a mão-de-obra da empresa, tem um tempão que eles não contratam mais ninguém"); melhora a execução das tarefas ("agora é tudo mais rápido e limpo, tenho mais tempo para outras coisas"); e controla mais as pessoas. Quanto à relações de poder, estas não são grandemente afetadas com informática. O poder permanece dentro do contexto hierárquico da estrutura. Entretanto, o CPD de algumas cooperativas, em função do seu posicionamento estratégico (fora da contabilidade ou outro setor administrativo), tende a controlar mais efetivamente todos os setores das cooperativas, uma vez que atua fiscalizando e fornecendo informações estratégicas à Diretoria.

 

5. CONCLUSÕES

A Cooperativas de Cafeicultores encontram-se informatizadas dentro de um contexto de conexão multiusuário com servidor único, sistema operacional UNIX e terminais "burros". Todas utilizam também microcomputadores isolados. Não existe planejamento no que diz respeito à aquisição e/ou contratação de sistemas. Os sistemas são adquiridos em função das necessidades imediatas de setores ou departamentos, através de decisões quase que exclusivas da Diretoria. Decisões estas que podem ser de caráter político, implicando em gastos excessivos e supérfluos. Não se tem uma visão de produtividade ou lucratividade do investimento em tecnologia.

O investimento em treinamento de pessoal é unicamente direcionado ao CPD. Este por sua vez é que treina os usuários. Espera-se que o usuário tenha conhecimento ou faça cursos por conta própria no que diz respeito a programas básicos e pacotes. Não há preocupação com o nível educacional destes. Neste sentido cabe observar que a integração conduz a uma relação mais estreita entre as funções, há uma maior interdependência entre atividades, exigindo respostas mais rápidas. Assim, as conseqüências dos erros e paradas nos sistemas são mais onerosas para a empresa. A natureza das habilidades requeridas aumenta implicando em maior responsabilidade aos funcionários. Portanto, a participação dos funcionários a partir da tomada de decisão em relação ao desenvolvimento de qualquer rotina é muito importante.

Apesar de citado como elemento fundamental das iniciativas de informatização, o cooperado ainda não desfruta efetivamente destas ações. Principalmente, não tem acesso "on-line" às suas operações. Um simples terminal na entrada das cooperativas resolveria grande parte dos problemas (relativos à informação) hoje enfretandos pelos cooperados.

 

6. LITERATURA CITADA

  • BORNSTEIN, C.T.; VILLELA, P.R.C. O uso da informática em cooperativas de laticínio: algumas reflexões sobre a modernização na agricultura. Reforma Agrária, v.3, n.4, set/dez 1992, pp. 53-73.
  • CASTOR, B. V. J.; Tecnologia apropriada: uma proposta de critérios de avaliação e sua aplicação. Revista de Administração. São Paulo, v. 18(2), 1983, pp. 6-17.
  • FEHLABER, A. ; VIEIRA, M. Impactos da informatização nas relações de trabalho: o caso de Pernambuco. Administração da Informação. ENANPAD, XVII: Pernambuco, 1994, pp. 257-270.
  • KLING, R. Defining the boundaries of computing across complex organizations. A Critical issues in information systems research, Boland & Hirschheim, 1987.
  • OLIVEIRA, L.C.F.S. Las nuevas tecnologias de comunicacion en el médio rural de Santa Catarina (Brasil) y Galícia (Espanha). Introduccion y uso del vídeo y del videotex por parte de los servicios de extension agraria. Universidad Autónoma de Barcelona, 1990. (Tese Doutorado).
  • SEGRE, L. M. ; XEXÉO, J. A. M. Informatização em empresas sob um enfoque de modelagem social da tecnologia. Relatório Técnico. COPPE Sistemas: Rio de Janeiro, 1995. (ES-347/95 - Julho).

 

7. BIOGRAFIA

  • André Luiz Zambalde é Engenheiro Eletricista (INATEL, 1984), Mestre em Eletrônica (EFEI, 1991), Doutorando em Engenharia de Sistemas e Computação Na COPPE/UFRJ. Professor da Universidade Federal de Lavras/MG - UFLA, pesquisador em Informática Aplicada à Agropecuária e Conselheiro da SBI-AGRO.
  • Claúdio Thomas Bornstein é Doutor em Otimização (Munique, 1975), professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro - COPPE/SISTEMAS; pesquisador do CNPq, especialista em Otimização e Informática e Sociedade.
  • Áurea Lúcia da Silva e Valéria Vieira Lima são acadêmicas de Administração Rural na Universidade Federal de Lavras e Bolsistas do PIBIC/CNPq e BIOEX/CNPq, respectivamente.

 

(*) Apoio do CNPq/Programa Bioex